domingo, 21 de março de 2010

O LIVRO DE ELI

Uma vez, ouvi uma frase: o que você faria se tivesse de contar algo muito importante, sabendo que ninguém acreditaria?

"O Livro de Eli" é um filme que retrata um mundo pós-apocalíptico, numa visão muito interessante sobre fé. Imaginem a ousadia de lutar a qualquer custo pra defender uma verdade? Lutar contra todas as resistências contrárias, todas as limitações pessoais?
Aconselho o filme, pra qualquer pessoa que entenda que a Verdade é digna de todo o nosso máximo esforço, todo nosso suor. E muito mais que isso.

Não vou contar aqui, pra não estragar o cinema de vocês..rs.

Pazz!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Hoje é o dia.

Meu almoço foi diferente hoje. Almocei com meus colegas de trabalho, num restaurante bastante agradável no bairro do Recreio.
Quando estava descendo do ônibus, no fim de mais um dia de trabalho e indo pra mais um ensaio, presenciei algumas cenas. Lembrei do almoço, que minha mãe tinha preparado pra mim e eu não comi, estava na minha bolsa. Então, pensei em dar pra alguém.Vim pensando em quem chegaria no ensaio com fome, pra quem eu pudesse dar. Pensei nos meus amigos, nas pessoas mais proximas.
Assim que olhei para o outro lado da calçada, pra atravessar, ouvi um grito histérico. Percebi que havia uma menina, com uns 22 anos no máximo, chorando e gritando intensamente. Parecia ter perdido alguém uns poucos segundos antes. Havia também outras pessoas, como que consolando. Atravessei a rua e nem parei perto dela, pra não criar alarde na porta do Hospital Salgado Filho.
Assim que cheguei ao outro lado, vi uma senhora sentada na escada embaixo da passarela. Ela estava com bolsas de roupas, cheirava mal, e parecia estar olhando pra alguma coisa...apesar de não estar olhando, de fato, para o que fitava os olhos. Estava daquele jeito que a gente fica quando está pensando em alguma coisa...e olhando "pro nada".
Me ajoelhei e falei com ela que queria lhe dar aquela comida. Que eu queria muito que aceitasse e que iria pedir a Deus por ela. O nome dela é Maria. Ah, ela devorou a comida com as mãos...talvez também não comesse camarão há um bom tempo.
Ela me agradeceu, meio receiosa. Subi a escada da passarela, e comecei a chorar no meio do caos do Méier. Tive até vergonha, pus os óculos.
Tanta coisa acontecendo em menos de 2 minutos, bem ao meu lado. Quantas vezes vai ser necessário que pessoas morram, mendiguem, se droguem na minha frente pra que eu "me sinta" constrangida? Quantas "Marias" serão necessárias? Quantas???

Hoje é o dia.
Hoje. Não deixe passar.

"A vida é tão rara..."